Quando as contas se acumulam e o orçamento aperta, é comum surgir a dúvida: qual dívida devo pagar primeiro? Com juros altos e diferentes tipos de credores, decidir a melhor estratégia pode evitar ainda mais prejuízos e garantir uma recuperação financeira mais rápida. Neste artigo, explicamos quais critérios considerar para priorizar os pagamentos e sair do endividamento de forma mais eficiente.
1. Avalie todas as suas dívidas
Antes de decidir qual dívida pagar primeiro, é essencial conhecer sua situação financeira. Faça uma lista de todas as suas dívidas, incluindo:
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Valor total da dívida
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Taxa de juros aplicada em cada uma
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Parcelas mensais e prazos de vencimento
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Consequências do não pagamento (exemplo: negativação do nome, risco de perda de bens, corte de serviços essenciais)
Com essas informações, você poderá organizar um plano de pagamento mais eficiente.
2. Priorize dívidas com juros mais altos
As dívidas que possuem juros mais altos devem ser pagas primeiro, pois elas crescem rapidamente e podem se tornar impagáveis. As principais dívidas com juros elevados no Brasil incluem:
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Cartão de crédito (juros podem ultrapassar 400% ao ano)
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Cheque especial (juros entre 100% e 300% ao ano)
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Empréstimos não consignados (variação de 50% a 150% ao ano)
Se você tem uma dessas dívidas, concentre-se em quitá-las o mais rápido possível. Enquanto isso, tente pagar pelo menos o mínimo para evitar a negativação do nome.
3. Dívidas que podem gerar perda de bens
Se você tem dívidas vinculadas a bens essenciais, como casa e carro, é importante priorizá-las para evitar a perda desses patrimônios. Isso inclui:
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Financiamento de imóvel: atrasos podem resultar na execução da dívida e leilão do bem.
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Financiamento de veículo: se não pagar, o banco pode retomar o carro.
Se estiver com dificuldades, entre em contato com a instituição financeira para renegociar as parcelas antes que a situação piore.
4. Contas essenciais: evite cortes de serviços
Dívidas relacionadas a serviços essenciais também devem ser prioridade, pois o não pagamento pode resultar na interrupção do fornecimento. Isso inclui:
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Conta de luz e água: podem ser cortadas após alguns meses de atraso.
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Plano de saúde: pode ser cancelado após 60 dias de inadimplência.
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Mensalidade escolar: instituições privadas podem impedir a renovação da matrícula se houver débitos.
Se possível, renegocie essas contas para evitar que a falta de pagamento comprometa sua qualidade de vida.
5. Dívidas negativadas e cobranças judiciais
Caso seu nome já esteja negativado nos órgãos de proteção ao crédito (como SPC e Serasa), é importante buscar a renegociação da dívida. Muitas empresas oferecem descontos consideráveis para quem deseja quitar débitos atrasados.
Além disso, fique atento a dívidas que podem resultar em cobranças judiciais. Algumas instituições financeiras e prestadoras de serviço entram com ações para cobrar valores devidos, o que pode levar a bloqueios de conta e até penhora de bens.
6. Como organizar o pagamento das dívidas?
Depois de identificar quais dívidas precisam ser priorizadas, siga essas dicas para organizar o pagamento:
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Renegocie com credores: Muitas empresas oferecem descontos para pagamentos à vista ou parcelamentos com juros menores.
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Evite novas dívidas: Enquanto estiver quitando débitos antigos, tente não fazer novas compras parceladas.
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Crie um orçamento: Anote todas as suas despesas e corte gastos desnecessários para direcionar mais dinheiro ao pagamento das dívidas.
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Considere trocar dívidas caras por mais baratas: Se estiver pagando juros elevados no cheque especial ou cartão de crédito, tente um empréstimo com juros menores para quitar essas dívidas.
Pagar as dívidas certas na ordem correta pode fazer toda a diferença para recuperar sua estabilidade financeira. Priorize aquelas com juros mais altos, risco de perda de bens ou que podem comprometer serviços essenciais. Além disso, busque negociar com os credores para conseguir melhores condições de pagamento.
Com organização e disciplina, é possível sair das dívidas e recuperar sua saúde financeira.